Senhor Presidente da Assembleia Municipal e restantes Membros da mesa, Senhor Presidente, Senhores Vereadores, Senhores Deputados Municipais, Senhores Presidentes de Junta, minhas Senhoras e meus Senhores,
As nossas Freguesias, o nosso Concelho, a nossa Região e o País, todos atravessámos e ainda estamos a atravessar um período extremamente complexo e decisivo das nossas vidas.
Um período de medo, de incerteza, de angústia, de dor, em que nos temos visto privados de quase tudo aquilo que nos era familiar e habitual e fomos forçados a adaptar-nos a uma estranha forma de vida.
Não é demais realçar a importância que todos tivemos enquanto Comunidade, e como foi vital o trabalho daqueles que entre nós têm a responsabilidade de ser os primeiros agentes de protecção civil. Cada um de nós aceitou sem reticências a missão que tinha a desempenhar, todos cumprimos e fizemos cumprir as normas de segurança e os comportamentos consentâneos com as recomendações das autoridades de saúde. Nesta guerra, só conseguimos ainda ganhar uma batalha, mas com sacrifício e determinação haveremos, por fim, de vencer.
Naquilo a que se chama hoje “a linha da frente”, todos demos o nosso quinhão. Mas seria injusto não realçar, hoje e nesta Casa, aqueles que são credores da nossa mais profunda gratidão, por se terem distinguido muito para além daquilo que lhes era pedido. Refiro-me, Senhoras e Senhores, às colaboradoras do Lar da Terceira Idade de Póvoa e Meadas.
Essas Mulheres abnegadas, que desde a primeira hora se expuseram corajosamente ao perigo para protegerem aqueles que tinham à sua guarda, nunca, nem por um minuto deixaram de cumprir com brio, valor e zelo inexcedível a nobre missão que é tratar dos nossos idosos, sacrificando a sua vida pessoal e familiar. Elas estiveram sempre presentes, excedendo em generosidade o que já seria um nobre serviço à comunidade. E mesmo aquelas que caíram doentes, logo que tiveram alta médica fizeram questão de regressar à luta com empenho redobrado. Um exemplo que não podemos ignorar. Um padrão que não podemos esquecer.
Sou, sempre fui, um Homem de fé. Uma fé que me leva a acreditar que vamos superar esta guerra vencendo as batalhas que ainda possam vir, confiando sempre que no final vamos todos ficar mais fortes e mais unidos em torno daquilo que é verdadeiramente importante para o futuro das nossas famílias e da nossa Póvoa.
Nesta guerra sem quartel, não temos de ser iguais para estarmos unidos.
Mas estivemos e estamos unidos nas nossas diferenças, nos nossos diferentes contributos, todos convergindo para o mesmo esforço comum.
Cumprimos, unidos e diferentes. E essa diferença tornou-nos ainda mais fortes.
Disse.
António Simão
19 de fevereiro de 2021
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