Na reunião de Executivo Municipal de 15 de setembro, o Vereador Tiago Malato, no período antes da ordem do dia, manifestou a sua preocupação com as poucas condições para a comunidade escolar neste início de ano letivo.
Veja aqui a sua intervenção:
«É do conhecimento de todos os presentes, que as Obras de qualificação a decorrer na escola, trazem impacto ao decorrer das atividades.
Contudo também devemos saber que o sucesso escolar começa sem sombra de dúvida, nas condições de aprendizagem. Se podemos esperar por parte dos professores, a capacidade de resiliência maior, e a sua entrega à docência, temperada por tantos abusos às suas condições de trabalho, ao longo dos anos, não podemos esperar por parte dos alunos menores, a mesma capacidade. E é da escola e do futuro que falamos. Ainda para mais em tempos de pandemia, com as restrições ao contacto presencial, que todos sabemos terem acontecido.
Vem isto a propósito da última reunião geral de Professores, em vésperas de início de ano letivo, onde fiquei a saber, enquanto professor, não de um, mas de vários abaixo-assinados, relativos ao assunto, enviados, pelos Pais, pelo Conselho Geral, para além do dos professores, ao Sr. presidente e que não mereceram nem resposta nem subida a conhecimento neste órgão. Se sobe o cartaz da volta à Bicicleta, não deviam subir os Abaixo-assinados Formais? Não se trata de assuntos que dizem respeito à vida e às atividades do conselho?
Mais quero dizer que, ao verificar o tipo de cobertura exígua colocada em redor de alguns contentores (não se inclui a passagem para a casa de Banho nem para o contentor 1), poderemos esperar por situações muito impróprias, em dias de chuva e vento, característicos do nosso Inverno.
Quero aqui dar uma palavra de atenção e apreço ao Vice-presidente Nuno Calixto, que me respondeu cabalmente às minhas dúvidas e referiu o facto de se poder fazer, ao fechar o dito espaço, um corredor de vento que arrase a fraca estrutura de suporte. Pergunto… não haveria outra solução de reforço a essa possibilidade?? Ou alternativas, por exemplo com tendas de pano gigante e bem amarradas ao chão? A cobrir todas as estruturas? Que mais soluções foram ponderadas?
Bem sei que a Câmara não contava avançar com o custo dos contentores, tal como sei que estes não foram incluídos pela Câmara no momento da descrição do caderno de encargos da empreitada. Em todo o caso, as condições pedagógicas devem ser asseguradas pelo Ministério de Educação e, se este, no momento certo não detetou aquela falta em orçamento, terá também de acatar a sua parte de responsabilidade.
O que aqui importa é que tudo leva a crer que não haverão condições mínimas à aprendizagem, em dias de chuva e invernia.
Se no verão o problema era o calor e, quanto a mim, foi bem resolvido, naqueles dias que poderemos esperar de inverno, será o frio, a humidade dentro das salas de aula, as idas à casa de banho sem proteção para molhas, as gripes e o esmorecimento à aprendizagem dos alunos, não obstante toda a energia que os professores possam implicar no processo. Professores que aparentam dar sinal de estarem saturados da menorização deste assunto que a todos diz respeito. A escola e as aprendizagens de qualidade não podem esperar pela conclusão das Obras. É obrigação de todos, enquanto comunidade, acautelar o impacto negativo desta situação. Para que conste.»
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