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Plano de Mitigação dos efeitos covid-19 na atividade turística, não é plano

Na sequência do documento, entregue e não discutido, no final da passada reunião, que mereceu apresentação pública posterior, cumpre-nos enquanto vereadores no executivo, fazer os seguintes comentários:


Não alcançamos o motivo da ausência dos parceiros Câmaras Municipais de Portalegre, Marvão, Arronches, nesta apresentação. Gostaríamos de entender o que significa esta ausência e qual a posição formal destes, num possível interesse pela efetivação de uma estratégia que integre os concelhos da serra de são Mamede.


Entendemos que de forma global, a proposta apresentada não é nenhum plano, revelando-se insuficiente, vaga e genérica. Neste documento são expostas ideias, mas não há qualquer enquadramento em projeto ou ação. Como se vão concretizar estas ideias? Onde estão e para o que estão os outros municípios? Vamos fazer aqui uma afirmação que esperamos que nos mande à cara daqui a uns meses. “É nosso entender que este esboço é um ato falhado!”


Alguns apontamentos a registar:


Eventos arte e cultura - Não entendemos o que significa a opção por “eventos de grande escala” retratada no documento? Grande concentração de população? Aumento da probabilidade de contágio? 

Não entendemos o que é o projeto “Entre um polo gerador de constantes fluxos turísticos” a referência é vaga.

Não acompanhamos a ideia de Estratégias de Captação Massiva: refere-se a pequenos eventos de qualidade ou a grandes eventos?


Quanto à criação de Gabinete de Crise de apoio às empresas locais este enquadramento foi proposto por nós em reunião de câmara em 18 de março, faz 4 meses. Ainda está referido neste documento como projeto a criar. Mais vale tarde que nunca. Esperemos que o seu arranque seja promissor. Pelo menos os recursos humanos alocados no concelho dão-nos essa esperança. Não sabemos de que forma se fará a integração dos demais concelhos.


Quanto à Promoção Turística (aparentemente massificada também por via de multibancos); se as fileiras turísticas, nomeadamente as de turismos ativos na natureza, caminhadas, cycling, não estiverem, previamente desenhadas, uma campanha forte e massiva, pode se revelar um erro. Lembramos o que aconteceu em Itália com a saída dos urbanos para o campo. Quanto ao mote “Destino Seguro” este é bom, mas temos de cuidar que assim se mantenha. 

É nosso entender que, neste tempo de exceção é preciso agir de forma muito equilibrada. Não massificar estratégias. Promover a fruição “Mais privada” de espaços. Termos a capacidade de ser mais criativos e expeditos nas propostas e ofertas locais.

Muitos dos que ficaram confinados nas cidades estão disponíveis para novas experiências de turismo de natureza. É aqui que devemos investir, a nosso ver, menos no turismo massificado e nos grandes eventos.  Promover a construção de fileiras de apoio entre os diversos interesses instalados no concelho, como sejam entre Restaurantes, hotelaria, posto de turismo, serviços e comércio local.


Na realidade, o documento apresentado é apenas um anteplano.


Tendo algumas ideias interessantes como a promoção de brindes e ofertas locais, ainda assim revela-se pouco nas propostas. Será na realidade necessário que se procedimente em projetos e ações concretas, de forma a podermos superar com criatividade o impacto desta pandemia e simultaneamente agremiar parceiros privados e institucionais, nesta tarefa.


Antes de mais, teremos de gerar competentemente, a confiança necessária no processo, entre todos os implicados. Só desta forma este desafio pode ser concretizado em respostas que necessitamos a nível local.


Os vereadores do Partido Socialista


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