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Vereadores do PS votam contra novo Organograma a 3 meses de eleições

Os Vereadores do Partido Socialista votaram contra o novo organograma proposto pelo atual Presidente de Câmara, na Reunião de Câmara de 16 de junho, que prevê a criação de 13 chefias de direção intermédia (no início de 2021 existiam 3 chefias de direção intermédia), isto em final de mandato e a 3 meses de eleições autárquicas.


A proposta foi aprovado com 3 votos a favor e 2 votos contra.


Declaração de Voto dos Vereadores Tiago Malato e João Diogo Carlos:


«A três meses das eleições Autárquicas, o atual Presidente de Câmara, em funções de poder desde há 20 anos, resolve fazer uma alteração de fundo ao Organograma, criando oito gabinetes e multiplicando chefias de 2º e 3º grau. Organograma que, sugestivamente apresentava no início da reunião, não a câmara no cerne da questão, não o executivo e o Presidente, mas o presidente a partir do qual tudo irradia.


Não obstante a abertura para uma remodelação estar aprovada em 2010 e nunca ter sido por si dada como necessária ou prioritária, resolve então o atual Presidente condicionar o próximo executivo que sairá da eleição deste ano, com um organograma inteiramente feito pelos seus interesses, repito, a três meses das eleições! Não ouvindo nem funcionários nem executivo em discussão prévia.

Aparentemente esta pressa deve-se às eleições. Aprovado o Organograma, caberá ao novo executivo a sua execução primeira. Cheira um pouco a desespero, uma vez que, nestes últimos dez anos não lhe pareceu importante a alteração do Organograma. É agora e é à grande!


Passaremos a ter então 13 chefias, 5 chefias de 3º grau e 8 chefias de 2º Grau. Para se ter noção, até à Dr.ª Maria José Miranda ser nomeada como Direção de 2º grau, no ano passado (2020), a Câmara funcionava durante todos estes anos com uma chefia de 2º grau, o Eng. Gasalho, e outra de 3º grau, o Dr. José Carvalho, também já empossado no último mandato, em 2015.


Para além do sinal que o atual presidente quer dar aos funcionários, presentes e futuros, que decidiu assim aliciar como eventuais possíveis premiados desta maneira, em vésperas de eleições, pretende passar a ideia de que tudo pode. Porém as eleições ainda não aconteceram. Faltam 3 meses. E não venha dizer que esta remodelação é para assegurar a conformidade legal, pois assim teria de explicar porque é que desde 2010 não foi concretizada e é agora, repito, a três meses do final de mandato.


Esta forma totalitária e pontual de priorizar, fazer e distribuir e governar tem de acabar. É a nosso ver um insulto à democracia e um desrespeito à população e mesmo aos funcionários municipais que assim condiciona. Numa terra que se orgulha de ser o berço de Salgueiro Maia, temos um cacique autocrático montado na Câmara, que relativiza os valores da democracia e da forma de decisão na comunidade.»



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