Os Vereadores do PS, hoje em reunião de Câmara voltaram a protestar para a recorrente extensa ordem de trabalhos que ocorre em reuniões de Câmara de análise de documentos como o Relatório e Contas e os Orçamentos. Desta forma, este ano, como forma de protesto, abstiveram-se de analisar e fazer as suas considerações na reunião de hoje, remetendo a discussão de fundo do documento para a Assembleia Municipal.
Declaração de Voto
Os Vereadores eleitos pelo Partido Socialista protestam contra a integração da discussão do Relatório e Contas em reunião com ordem de trabalhos extensa, que contrasta invariavelmente com a de outras reuniões, de simples cumprimento de calendário. Este procedimento tem sido habitual, comprometendo ainda mais a análise devida do documento, pela necessidade de cumprimento dos mais de vinte pontos que fazem esta ordem de trabalhos. Igualmente protestam pela falta de consideração que dita a falta de tempo e oportunidade de análise destes, documentos entregues a meio da Semana Santa. Estes factos são sintoma da falta de capacidade ou vontade continuada de se assegurar a discussão apropriada deste documento em contexto de executivo, tornando-o proforma e dispensando-o de prioridade política. Malgrado esta forma repetida, e este ano agravada, de impedimento à análise que se pretende, os vereadores do PS têm sido diligentes no estudo possível destes documentos e disso fazem prova os esforços repetidos de trabalho e as as declarações de voto, nomeadamente do mandato anterior. Este ano, os vereadores em forma de protesto recusam-se ao condicionamento imposto na avaliação do documento, abstendo-se liminarmente de expressar as suas considerações nesta reunião, e de o votar, remetendo a discussão do mesmo para a Assembleia Municipal. Afirmam que é a democracia e sua qualificação ou subtração que está em causa e responsabilizam diretamente o Presidente da Autarquia por não assegurar a prioridade nem acautelar os processos de planeamento devidos a esta necessidade.
